sábado, dezembro 16, 2006

Eu tentei escrever esses dias, mas eu não agüentava sequer pensar. A dor, a ausência, aquela voz que me chamava por “Vivi" se calou.
É estranha a cama vazia, não ter de levantar, dar um beijo e cuidar. Dias difíceis, inconsoláveis e eu me sinto minúscula diante disso tudo. A cada volta pra casa uma tristeza, a cada coisa que lembro, como gestos, palavras eu fico paralisada. Mexendo ontem nos seus pertences, eu e minha irmã achamos cada mensagem escrita por ela que parecia que estava adivinhando que íamos passar por ali depois que ela se fosse. A coisa mais impressionante foi achar nossos umbigos de recém nascidas numa bolsinha de couro e isso não tem nome à não ser AMOR. Cada mensagem de arrebatar escrita com aquela letra que era só dela. Já tive noticias de onde ela está, e me conforta saber que ela foi a boas mãos. Agradeço a dezenas de amigos que estão me amparando neste momento tão triste, as enfermeiras que incansavelmente cuidaram com carinho, em especial minhas amigas do peito e elas sabem quem são. Te amo Mãe, e tenha certeza de que nós nunca vamos nos separar.

Um comentário:

Anônimo disse...

amiga, tua serenidade num momento tão difícil como esse me comove, e me dá uma certeza ainda maior de que vc é uma pessoa rara, uma mulher sensível mas forte, uma criatura realmente admirável. espero q a gente se encontre no ano que vem, que a gente possa se conhecer e nos tornarmos amigas no mundo real. =) ..qto à sua mãe, tenho certeza de que ela estará sempre olhando por vc, e sentindo um imenso orgulho. beijos, querida!

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